Israel e Gaza celebram após anúncio de cessar-fogo

Crianças palestinas e parentes de reféns israelenses foram às ruas

| NIDAL AL-MUGHRABI E MAAYAN LUBELL € REPóRTERES DA REUTERS


© Reuters/Dawoud Abu Alkas/Proibida reprodução

Israelenses e palestinos celebravam nesta quinta-feira (9) o anúncio de um cessar-fogo e de um acordo sobre reféns na primeira fase da iniciativa do presidente dos EUA, Donald Trump, para acabar com a guerra em Gaza.

Os dois inimigos endossaram publicamente o acordo. A expectativa era de que o documento fosse assinado no resort egípcio de Sharm el-Sheikh, onde ocorrem as negociações desde segunda-feira (6), embora não tenha havido confirmação oficial de que o acordo tenha sido assinado.

O gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse que o cessar-fogo entraria em vigor assim que fosse ratificado pelo governo israelense, que se reuniria após um encontro do gabinete de segurança.

O coordenador de reféns de Israel, Gal Hirsch, disse que a lista dos prisioneiros palestinos a serem libertados ainda estava sendo elaborada.

Moradores de Gaza relataram uma série de ataques aéreos na Cidade de Gaza no momento em que o acordo deveria ser assinado.

Cessar-fogo, retirada de tropas e libertação de reféns

Segundo o acordo, os bombardeios serão interrompidos; Israel vai se retirar parcialmente de Gaza; e o Hamas libertará os reféns que capturou no ataque que promoveu dois anos atrás, em troca de prisioneiros palestinos mantidos por Israel.

Segundo uma fonte que tem detalhes do acordo, as tropas israelenses começariam a se retirar dentro de 24 horas após a assinatura do documento.

A libertação de todos os 20 reféns israelenses que ainda se acredita estarem vivos em Gaza é esperada para domingo (12) ou segunda-feira (13), afirmou uma autoridade israelense.

Outros 26 reféns foram declarados mortos e o destino de dois deles é desconhecido. O Hamas indicou que pode levar algum tempo para recuperar os corpos espalhados por Gaza.

Os palestinos e as famílias dos reféns israelenses começaram a comemorar muito após a notícia do pacto.

Em Gaza, onde a maioria dos mais de 2 milhões de habitantes está deslocada em função dos bombardeios israelenses, jovens aplaudiram nas ruas devastadas, mesmo com a continuação de ataques israelenses.

Faixa de Gaza 

'Graças a Deus pelo cessar-fogo, o fim do derramamento de sangue e das mortes', disse Abdul Majeed Abd Rabbo em Khan Younis, no Sul de Gaza.

'Não sou o único feliz, toda a Faixa de Gaza está feliz, todo o povo árabe, todo o mundo está feliz com o cessar-fogo e o fim do derramamento de sangue.'

Einav Zaugauker, cujo filho Matan é um dos últimos reféns, celebrava na chamada Praça dos Reféns, em Tel Aviv, onde as famílias dos que foram capturados no ataque do Hamas há dois anos se reuniam para exigir seu retorno.

'Não consigo respirar, não consigo respirar, não consigo explicar o que estou sentindo... é uma loucura', disse ela, falando sob o brilho vermelho de fogos comemorativos.

Ataques

Ainda assim, os residentes de Gaza disseram que os ataques israelenses em três subúrbios da Cidade de Gaza continuaram durante a noite e nas primeiras horas da manhã de quinta-feira, disseram os moradores, embora não tenha havido relatos imediatos de vítimas.

O Ministério da Saúde de Gaza afirmou que pelo menos nove palestinos foram mortos por fogo israelense nas últimas 24 horas.

Apenas um dia após o segundo aniversário do ataque dos militantes do Hamas que desencadeou o ataque genocida de Israel a Gaza, as conversações indiretas no Egito renderam o acordo como o estágio inicial de uma estrutura de 20 pontos apresentada por Trump.

*Reportagem adicional de Dawoud Abu Elkas, Tuvan Gumrukcu, Daren Butler, Jana Choukeir, Tala Ramadan, Alexander Cornwell, John Irish, Angelo Amante, Trevor Hunnicutt, Steve Holland e David Morgan

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