Pesquisa usa termografia para monitorar saúde de tamanduás-bandeira em MS

Um dos destaques do levantamento é a inclusão de Alvinho, tamanduá albino, que gerou estudo à parte

| CLARA FARIAS / CAMPO GRANDE NEWS


Celular com programa que mostra temperatura de corpo de tamanduá-bandeira (Foto: Reprodução/Icas)

Tamanduás-bandeira monitorados pelo projeto Bandeiras e Rodovias, do Icas (Instituto de Conservação de Animais Silvestres), estão participando de um estudo pioneiro sobre termografia. A pesquisa é conduzida pelo médico-veterinário e pesquisador Rafael Ferraz, de 34 anos, que atua em Minas Gerais. Ao todo, nove animais de vida livre foram avaliados em áreas próximas de Campo Grande.

Rafael integra o Projeto TamanduASAS, que desenvolve ações de conservação da espécie em Minas Gerais. Em entrevista ao Campo Grande News, nesta quarta-feira (30), ele explicou que o objetivo do estudo é mapear padrões termográficos que ajudem na identificação precoce de problemas de saúde nos tamanduás.

“A termografia permite detectar processos de estresse, inflamações e alterações clínicas, como tumores, sem a necessidade de conter ou anestesiar o animal. É uma técnica não invasiva que gera imagens transformadas em histogramas, revelando variações de temperatura na superfície corporal', detalha o pesquisador.

Além dos tamanduás de vida livre em Mato Grosso do Sul, o estudo inclui animais em cativeiro avaliados em Minas Gerais. O objetivo é comparar os padrões entre os dois contextos e verificar se há diferenças significativas no comportamento térmico dos indivíduos.

Um dos destaques da pesquisa é a inclusão de Alvinho, o único tamanduá-bandeira albino monitorado no mundo, também de Mato Grosso do Sul. Segundo Rafael, ele foi analisado em um estudo à parte para verificar se a condição de albinismo interfere na absorção de calor. “Em teoria, ele absorve mais luz solar do que animais com coloração normal, o que pode alterar o padrão termográfico', explica.

A expectativa é que os dados gerados contribuam com outros projetos de conservação da espécie em todo o Brasil, servindo de base para monitoramento de saúde e comportamento sem interferência direta nos animais.

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